1)Discorra acerca dos elementos apontados por Francisco Iglésias em
sua obra “A Revolução Industrial” que explicam o porquê do pioneirismo inglês
na Revolução Industrial.
Muitos
fatores contribuíram para o pioneirismo inglês no século XVIII o que outros
países só conheceriam no século XIX ou na atualidade. A Inglaterra tinha
unidade política que a Europa não atingira, pois foi a primeira a superar em
parte o atomismo do regime feudal. Possui uma organização desde o século XIII,
quando em 1215 barões e cavaleiros impõem a Magna Carta a João Sem Terra
(1167-1216), para coibir abusos e garantia das liberdades públicas. O
feudalismo perde poder com advento da Guerra dos Cem Anos, entre a Inglaterra e
a França, que se alonga de 1337 a 1453, sobretudo depois da Guerra das Duas
Rosas (1455-1485), quando Henrique VI (1457-1509) inaugura a dinastia Tudor,
fortalecendo a realeza. Com o rei Ricardo II (1367-1400) que determina o
transporte de produtos ingleses somente em navios ingleses, percursora da Lei
de Navegação de 1651. Devido as políticas flexíveis de Ricardo II a burguesia
vai ganhando força no comércio. As Corporações não tem a mesma presença que nos
demais Estados europeus. As grandes mudanças verificadas na Inglaterra desde o
século XIII prepararam o terreno para o industrialismo.
2)Elabore um texto acerca das consequências sociais e econômicas da
Revolução Industrial. Para tanto, fundamente sua dissertação nos elementos
apontados por Francisco Iglésias em sua obra “A Revolução Industrial”.
Entre
os efeitos econômicos, em primeiro lugar o aumento da produção ocorreu devido
às melhorias técnicas. Daí verifica-se a extraordinária economia e o aumento na
produção. A esses fatores segue-se a baixa nos preços dos produtos, pois os
mesmos agora estão presentes em maior número. Os novos transportes facilitam o
escoamento da produção.
Houve revoltas populares em oposição ao industrialismo,
isso ocorria porque as pessoas estavam perdendo seus empregos para as máquinas.
O movimento Ludita traduz bem essa incompreensão. Mas, a verdade é que segundo
o autor era uma visão equivocada, pois as máquinas causavam um aumento na
produção, o que diminuía os esforços físicos por parte dos trabalhadores, menos
horas de trabalho e menos dias de trabalho na semana. Desse modo os
trabalhadores podiam dedicar mais tempo ao descanso ou a melhor formação
profissional e humana, tornando a vida mais tolerável e bela. Então diante dos
fatos apresentados vemos que o medo da população comum de perderem seus
empregos para as máquinas era um fator leigo que não permitia que os mesmos
vissem os benefícios das máquinas para a sua sociedade.
24
de maio de 2014