quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A Revolução Industrial por Francisco Iglésias.


1)Discorra acerca dos elementos apontados por Francisco Iglésias em sua obra “A Revolução Industrial” que explicam o porquê do pioneirismo inglês na Revolução Industrial.
            Muitos fatores contribuíram para o pioneirismo inglês no século XVIII o que outros países só conheceriam no século XIX ou na atualidade. A Inglaterra tinha unidade política que a Europa não atingira, pois foi a primeira a superar em parte o atomismo do regime feudal. Possui uma organização desde o século XIII, quando em 1215 barões e cavaleiros impõem a Magna Carta a João Sem Terra (1167-1216), para coibir abusos e garantia das liberdades públicas. O feudalismo perde poder com advento da Guerra dos Cem Anos, entre a Inglaterra e a França, que se alonga de 1337 a 1453, sobretudo depois da Guerra das Duas Rosas (1455-1485), quando Henrique VI (1457-1509) inaugura a dinastia Tudor, fortalecendo a realeza. Com o rei Ricardo II (1367-1400) que determina o transporte de produtos ingleses somente em navios ingleses, percursora da Lei de Navegação de 1651. Devido as políticas flexíveis de Ricardo II a burguesia vai ganhando força no comércio. As Corporações não tem a mesma presença que nos demais Estados europeus. As grandes mudanças verificadas na Inglaterra desde o século XIII prepararam o terreno para o industrialismo.
2)Elabore um texto acerca das consequências sociais e econômicas da Revolução Industrial. Para tanto, fundamente sua dissertação nos elementos apontados por Francisco Iglésias em sua obra “A Revolução Industrial”.
            Entre os efeitos econômicos, em primeiro lugar o aumento da produção ocorreu devido às melhorias técnicas. Daí verifica-se a extraordinária economia e o aumento na produção. A esses fatores segue-se a baixa nos preços dos produtos, pois os mesmos agora estão presentes em maior número. Os novos transportes facilitam o escoamento da produção.
            Houve revoltas populares em oposição ao industrialismo, isso ocorria porque as pessoas estavam perdendo seus empregos para as máquinas. O movimento Ludita traduz bem essa incompreensão. Mas, a verdade é que segundo o autor era uma visão equivocada, pois as máquinas causavam um aumento na produção, o que diminuía os esforços físicos por parte dos trabalhadores, menos horas de trabalho e menos dias de trabalho na semana. Desse modo os trabalhadores podiam dedicar mais tempo ao descanso ou a melhor formação profissional e humana, tornando a vida mais tolerável e bela. Então diante dos fatos apresentados vemos que o medo da população comum de perderem seus empregos para as máquinas era um fator leigo que não permitia que os mesmos vissem os benefícios das máquinas para a sua sociedade.

24 de maio de 2014