História Desconstrucionista
A historiografia desconstrucionista é uma
área da história voltada para a relação existente entre o leitor e o texto de
modo que podemos entender que nenhum texto está livre de ser analisado de diferentes
formas, pois não existe uma interpretação que esclareça corretamente todos os
pontos de um tema em questão de forma satisfatória, mas sim muitas
interpretações para cada tema.
A
historiografia desconstrucionista segundo o livro da disciplina pode ser
entendida de duas maneiras. No primeiro método ela pode ser entendida em
sentido estrito de autoria de Jacques
Derrida, que entende a desconstrução como a leitura de textos, buscando
contradições e ambiguidades internas. Como a presença de oposições no texto,
mas havendo pelo escritor privilégios para um tema em detrimento do outro.
Derrida também aborda o fato da
historiografia escrita ser privilegiada no ocidente em relação a historiografia
oral, mas Derriba afirma que o desconstrucionismo nesta base não se sustenta.
O desconstrucionismo marca a ruptura com o
estruturalismo. Em seus textos Derrida procura mostrar que descontruir um texto
é procurar nele a direção ou opressão por parte do escritor da obra. É a
desestabilização em si mesmo, mas não de forma negativa. Não se trata para o
desconstrucionismo destruir o que já está construído, mas sim pensar além dos
mesmos.
Segundo
o historiador Hayden White, ao
analisarmos o passado com algo que exista somente o que foi escrito pelo
historiador, a história organizada por pistas pelos historiadores estamos sendo
desconstrucionistas. Sendo para este autor a linguagem historiográfica o ponto
principal para o entendimento do tipo de relato. Dentro da historiografia desconstrucionista
temos a Meta-história que procura a
condição da narrativa histórica. Não sendo a escrita um acontecimento, mas uma
variedade de conexões e interconexões por meio das quais podemos ver em seu
delineamento os acontecimentos.
Nova Historiografia Alemã
Conforme podemos ver no livro da
disciplina, a nova historiografia alemã surge logo após a
unificação da Alemanha Ocidental e Oriental. Passando nesse período um processo
de ocidentalização desde meados do século XX, em relação aos trabalhos
historiográficos. Houve um aprofundamento nos debates sobre história social e
história cultural nas universidades.
Antes
da unificação a Alemanha Ocidental tinha seus estudos historiográficos voltados
para a história social desde 1970 direcionado a antropologia cultural. Já a
Alemanha Oriental tem seus estudos voltados para uma história social a serviço
do sistema, somente na década de 1980 é que os estudos historiográficos
voltam-se para a história cultural.
Além
dos estudos voltados para a história cultural e social encontramos a
historiografia dos conceitos que por meio de Reinhart Koselleck como figura central vão elaborar três
dicionários dos conceitos básicos, princípios históricos, e conceitos
político-sociais. Koselleck é que elabora os fundamentos dos dicionários serão
importantíssimos para a história dos conceitos que procura termos difundidos no
vocabulário historiográfico moderno, podendo ter vários sentidos bem como um
só.
A
história dos conceitos e a história social devem ser entendidas que uma
sociedade e seus conceitos encontre-se em uma relação de polarização. A nova
historiografia alemã já é conhecida no século XX como o maior movimento de
sistematização teórica da ciência histórica desse período. Com obras de caráter
mais teórico sobre a sociedade, política, história cultural, história dos
trabalhadores, história das vivências a partir da história oral e ciência
histórica e memória.
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SIMÕES, Rodrigo Lemos. Teoria da História II. Canoas: Editora
Ulbra, 2015.
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