1) A
Guerra contra Oribe (Uruguai) e Rosas (Argentina) em 1851-1852.
O governador de Montevidéu, o blanco Manuel Oribe, alia-se a
Juan Manuel de Rosas, governador de Buenos Aires e cria entraves para os
negócios brasileiros em Montevidéu e impedimentos para os estancieiros
brasileiros que tinham propriedades no Uruguai, para passagem de seu gado pela
fronteira rumo às suas estâncias no Rio Grande do Sul.
Decidido a derrubar os dois caudilhos, do Urugai e da
Argentina, o Brasil firmou alianças com o Paraguai presidido por Carlos López e
com os inimigos políticos do blanco Oribe (frutuoso Rivera -Colorado) e de
Rosas (Justo Urquiza –governador da província de Entre-Rios e da província de
Corrientes).
Irineu Evangelista de Sousa financiou a resistência à Oribe em
Montevidéo. Caxias (comandou o Exército) e Grenfell (comandou a Marinha) que
derrotam Oribe em 1851. Rosas é derrotada na batalha de Montecaseros em 1852. O
império estabelece um domínio ostensivo no Prata.
Os brasileiros em número de mais de vinte mil, constituíam
mais de 10% da população uruguaia possuindo cerca de 30% de terras do país.
O blanco Berro procurou limitar o assentamento de brasileiros no
Uruguai, assim como o direito de possuírem escravos e, além disso, se recusou a
renovar os Tratados de Comércio e Navegação com o Brasil que expiraram em 1861
e tentava controlar e taxar o comércio bovino através da fronteira com o RS.
A Guerra contra Aguirre no Uruguai (1864-65)
No Uruguai, em abril de 1863, iniciou-se uma guerra Civil
do general colorado Venâncio Flores contra os Blancos de Berro. O Brasil e
a Argentina (unificada com Bartolomeu Mitre) apoiaram Venâncio Flores. Em 1864,
o Brasil enviou uma missão diplomática chefiada por José Antônio Saraiva,
já sob a presidência do sucessor de Berro, o também blanco Atanásio Aguirre
e a pretexto de proteger os direitos adquiridos pelos brasileiros no Uruguai buscava
de fato criar condições para justificar uma intervenção militar no Uruguai.
Acompanhado por uma esquadra comandada pelo então vice-almirante Tamandaré.
Saraiva tentou impor uma substituição dos blancos por colorados.
Aguirre, que já entrara em entendimentos com o Paraguai, esperando o apoio do
presidente Solano López, recusa-se ceder às pressões brasileiras o que motivou
o ultimato imperial ameaçando invadir o país, caso as exigências brasileiras
não fossem atendidas em um prazo de seis dias. Como Aguirre manteve sua
posição, em 12 de setembro tropas brasileiras invadiram o Uruguai. O governo
argentino se manteve formalmente neutro. Em 1865, Flores, colorado,
conseguiu tomar o poder em Montevidéo, selando um acordo de paz com o Império. A esta altura um novo conflito já se iniciara
quando o Paraguai declara Guerra ao Brasil.