Questão
(2). Do trabalho em grupo sobre “As Revoluções Burguesas” de Paulo Miceli.
2.
O autor destaca que entre a Revolução Inglesa e a Revolução Francesa havia
muitas diferenças. Porém, em seguida afirma [...]
Apesar das diferenças, assemelham-se no que pode ser essencial. Explique o
significado desta colocação de Miceli.
Quando
o autor Paulo Miceli afirma que apesar das diferenças ambas as revoluções são
semelhantes no que pode ser essencial, ele está nos mostrando que as mesmas
tiveram origens e culminaram em finais semelhantes. A execução por decapitação
tanto de Luís XVI da França como de Carlos I da Inglaterra foram realizadas por
aquilo que seus executores e os historiadores chamaram revoluções burguesas. Quando
ambas as revoluções executaram seus reis procuravam não somente sepultar os
reis, mas principalmente tudo que eles representavam de antigo e ultrapassado
na sociedade. As revoluções
conquistaram a crença das pessoas partindo das condições reais de existência da
população. Foram divulgadas na linguagem comum, falando das dores e apontando
as soluções. Isso ocorria porque desse grande número de pessoas que acreditavam
dependia o sucesso ou o fracasso da revolução. Por isso um camponês que viveu
na Inglaterra de 1614 a 1655, pode figurar no mesmo enredo em que aparece um
tecelão que nasceu na França, em 1757. Assim
sendo ambas as revoluções, inglesa e francesa deixam de ser nacionais e saltam
no tempo para se transformarem em acontecimentos mundiais, pois constituem
etapas importantes na construção do mundo burguês no qual vivemos até a
atualidade.
Bibliografia:
MICELI, Paulo. As revoluções burguesas.
São Paulo: Editora Atual, 1994. Pg. 15-17.