Em
um primeiro momento durante a revolução industrial a política de cercamentos do
governo inglês expulsou milhares de famílias do campo aonde viviam da
agricultura de subsistência ou do pequeno comercio. Essa política gerou o êxodo
rural e a migração de pessoas do campo para cidade em busca de emprego. No
Brasil vemos hoje que muitas famílias estão deixando campo por não conseguirem
competir com as grandes corporações agrícolas que exploram a terra em larga
escala com monoculturas mecanizadas. Além de perderem as terras, pois acabam
tendo que vender pela falta de lucro nas plantações os agricultores familiares
não consegue emprego no campo devido a automação das máquinas agrícolas que
trabalham por centenas de pessoas.
Essas pessoas então vão para as cidades em
busca de trabalho nas indústrias automatizadas aonde o tempo para refeição,
banheiro etc são controlados rigidamente. Aonde recebem salários baixos que mal
conseguem sustentar suas famílias como ocorria no inicio da Revolução
Industrial. O surgimento dos primeiros sindicatos foi uma reação dos
trabalhadores contra a exploração. As conquistas foram lentas, mas
acumulativas, como a redução da jornada de trabalho, melhores condições de
trabalho etc.
Na
atualidade vemos muitos dos direitos trabalhistas que foram conquistados no
decorrer de décadas correrem o risco de se perderem devido a sindicatos
hipócritas que servem mais ao patrão do que ao funcionário. Vemos ainda os
baixos salários não sustentarem a família dos operários e os acidentes
constantes mesmo com as inovações tecnológicas que também fazem centenas de
pessoas perderem seus empregos todo o ano no Brasil e no mundo.
Os
políticos do século XIX preocupavam-se tanto com a situação do operariado e sua
família como os do século XXI, pois para eles o que conta é o lucro e os
vínculos com as grandes empresas nacionais e multinacionais que patrocinam suas
campanhas eleitorais que visam unicamente seus interesses pessoais e do
sindicato patronal.
Enquanto
o sindicato dos operários vende os direitos dos trabalhadores por propina. São
os trabalhadores ditos livres que sofrem
com uma escravidão camuflada como nossos companheiros do século XIX.
Além é claro de não sermos valorizados pela mídia controlada pelas grandes
corporações e pelo políticos de carreira que tentam retirar os direitos
garantidos dos trabalhadores com mentiras sobre projetos sociais inúteis
enquanto o melhor era pagarem salários justos. No século XIX ocorria o mesmo, pois o patrão era
paternalista para ganhar a confiança e dedicação do operário e o mesmo faziam
os políticos de carreira. Como no século XIX desde a escola, passando pelo
exército e prisões as pessoas são doutrinadas e condicionadas a obedecerem a um
sistema corrupto de controle total do povo por meio da coerção e disciplina.
Tornando os cidadãos dóceis para serem manipulados ao bel prazer da sociedade
capitalista moderna. Tanto quanto ocorria no século XIX. Pois vivemos
controlados pelo constante aumento dos gêneros alimentícios de primeira
necessidade enquanto nossos salários recebem reajustes anuais irrisórios
comparados coma inflação.
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BENETTI, Viviana; CHAGAS,
Wagner dos Santos. História Contemporânea do
Século XIX, 2015.
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