quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A França do século XIX, e sua sociedade industrial.


Em um primeiro momento durante a revolução industrial a política de cercamentos do governo inglês expulsou milhares de famílias do campo aonde viviam da agricultura de subsistência ou do pequeno comercio. Essa política gerou o êxodo rural e a migração de pessoas do campo para cidade em busca de emprego. No Brasil vemos hoje que muitas famílias estão deixando campo por não conseguirem competir com as grandes corporações agrícolas que exploram a terra em larga escala com monoculturas mecanizadas. Além de perderem as terras, pois acabam tendo que vender pela falta de lucro nas plantações os agricultores familiares não consegue emprego no campo devido a automação das máquinas agrícolas que trabalham por centenas de pessoas.
 Essas pessoas então vão para as cidades em busca de trabalho nas indústrias automatizadas aonde o tempo para refeição, banheiro etc são controlados rigidamente. Aonde recebem salários baixos que mal conseguem sustentar suas famílias como ocorria no inicio da Revolução Industrial. O surgimento dos primeiros sindicatos foi uma reação dos trabalhadores contra a exploração. As conquistas foram lentas, mas acumulativas, como a redução da jornada de trabalho, melhores condições de trabalho etc.
Na atualidade vemos muitos dos direitos trabalhistas que foram conquistados no decorrer de décadas correrem o risco de se perderem devido a sindicatos hipócritas que servem mais ao patrão do que ao funcionário. Vemos ainda os baixos salários não sustentarem a família dos operários e os acidentes constantes mesmo com as inovações tecnológicas que também fazem centenas de pessoas perderem seus empregos todo o ano no Brasil e no mundo.
Os políticos do século XIX preocupavam-se tanto com a situação do operariado e sua família como os do século XXI, pois para eles o que conta é o lucro e os vínculos com as grandes empresas nacionais e multinacionais que patrocinam suas campanhas eleitorais que visam unicamente seus interesses pessoais e do sindicato patronal.
Enquanto o sindicato dos operários vende os direitos dos trabalhadores por propina. São os trabalhadores ditos livres que sofrem  com uma escravidão camuflada como nossos companheiros do século XIX. Além é claro de não sermos valorizados pela mídia controlada pelas grandes corporações e pelo políticos de carreira que tentam retirar os direitos garantidos dos trabalhadores com mentiras sobre projetos sociais inúteis enquanto o melhor era pagarem salários justos. No século XIX  ocorria o mesmo, pois o patrão era paternalista para ganhar a confiança e dedicação do operário e o mesmo faziam os políticos de carreira. Como no século XIX desde a escola, passando pelo exército e prisões as pessoas são doutrinadas e condicionadas a obedecerem a um sistema corrupto de controle total do povo por meio da coerção e disciplina. Tornando os cidadãos dóceis para serem manipulados ao bel prazer da sociedade capitalista moderna. Tanto quanto ocorria no século XIX. Pois vivemos controlados pelo constante aumento dos gêneros alimentícios de primeira necessidade enquanto nossos salários recebem reajustes anuais irrisórios comparados coma inflação.

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Você quer saber mais? 

BENETTI, Viviana; CHAGAS, Wagner dos Santos.  História Contemporânea do Século XIX, 2015.

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