quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Rituais da Ação Integralista Brasileira: O Batismo.



A primeira cerimônia a que o integralista se submetia logo após o nascimento era o batizado integralista, que deveria ocorrer simultaneamente ao batismo cristão. 
O ritual previsto para essa ocasião era o seguinte: o integralista deveria comunicar seu desejo de solenizar o batizado de seu filho com o ritual do Sigma, ao Chefe do Núcleo que prestará todo o seu concurso à solenidade. Os pais, os padrinhos e os integralistas convidados deveriam comparecer ao templo vestindo a camisa-verde.
Os “Plinianos” do Núcleo a quem pertenciam os pais deveriam comparecer ao templo, uniformizados, e deveriam colocar-se nas imediações da pia batismal, a distância conveniente.
Todos os integralistas e “Plinianos” presentes ao ato deveriam erguer o braço, em silêncio, no momento em que a criança recebesse a benção do sacerdote.
Ao final do ato religioso, a criança deveria ser envolta na bandeira integralista, e, fora do recinto da igreja, ser apresentada pelo pai ou pelo padrinho aos presentes, com as seguintes palavras:

“Companheiros! (nome da criança), recebeu o primeiro sacramento da fé cristã. Ao futuro pliniano, o primeiro Anauê. Os presentes responderão Anauê. Ao final dessa cerimônia, os plinianos formarão uma ala, de braços erguidos, por onde sairão todos os integralistas do templo.”

Dessa forma, o batizado integralista não anulava o batismo católico, ao contrário, deveria ocorrer simultaneamente ao batismo cristão.

Cavalari, Rosa Maria Feiteiro. Integralismo: ideologia e organização de um partido de massa no Brasil (1932-1937), Bauru, SP: Edusp, 1999.

Protocolos e Rituais, capítulo X, artigo 155. In: Enciclopédia do Integralismo, vol. XI.